Fortaleza defensiva e lar de Nico: conheça o Nacional, maior rival do Inter na Libertadores
- entrelinhascolorad
- May 14, 2019
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O Inter terá pela frente nas oitavas de final da Libertadores o adversário mais recorrente na competição. Nas últimas semanas de julho (as datas ainda não foram definidas pela Conmebol), Nacional-URU e Colorado farão os nono e 10º confrontos pelo maior torneio da América.
Reviverão os encontros de 2006, ano da primeira conquista colorada, de recordações inesquecíveis. Mas, também, repetem a única decisão que o Colorado perdeu na história do torneio, em 1980.
O momento é favorável ao time de Odair Hellmann. Terminou em primeiro lugar no Grupo A com 14 pontos e campanha invicta, à frente do atual campeão River Plate. Porém, o Bolso chegou a 13 no Grupo E, a mesma pontuação do Cerro Porteño, e só ficou em segundo lugar devido ao saldo de gols.
O clube uruguaio completa 120 anos justamente nesta terça-feira, 14 de maio. Quem acompanha esta história de perto é o colorado Nico López, revelado pelo Nacional e algoz de Corinthians e Palmeiras em anos anteriores da Libertadores.

Um tradicional adversário, multicampeão. Não dá para escolher muito nessa fase. Claro que enfrentar um clube do mesmo país nunca é o ideal. Mas vamos estudar muito, temos tempo para isso. Vamos respeitar a história do Nacional e fazer dois grandes confrontos – afirma o executivo do Inter, Rodrigo Caetano.
Retrospecto recente
Após cinco rodadas sem vencer no Campeonato Uruguaio, a direção do Nacional buscou um velho conhecido. Álvaro Gutiérrez chegou no fim de março ao Parque Central, substituindo o argentino Eduardo Domínguez e assumindo o comando técnico durante a fase de grupos da Libertadores.
Embora esteja apenas na 7ª colocação no campeonato nacional, está invicto há oito partidas somando todas as competições. Entre elas, a vitória fora de casa sobre o Atlético-MG, na fase anterior da competição sul-americana.
Como joga
O time atua em um 4-2-3-1 defensivo com o goleiro panamenho Mejía na meta e uma zaga forte formada por Guzman Corujo e pelo doble chapa Felipe Carvalho. Na esquerda, o lateral Matias Viña, oriundo da base, é uma das joias do clube. O argentino Gonzalo Bergessio, artilheiro da equipe, é o jogador mais experiente.
Destaque

O destaque dos tricolores é Santiago Rodríguez, meia da Seleção Sub-20, que é o grande maestro do time. Mesmo aos 19 anos, ele demonstra personalidade e levou o Nacional à conquista da Libertadores Sub-20 no ano passado. Nesta temporada, desfalcou o time por alguns jogos devido à convocação para o Sul-Americano da categoria.
Onde joga

O Gran Parque Central é conhecido como o Grande Templo Tricolor. Foi sede da Copa do Mundo de 1930 e ampliado há cinco anos para receber cerca de 34 mil torcedores. Histórico e com metade da capacidade do vizinho Centenário, funciona como um caldeirão para o time, que não perde em casa desde fevereiro, quando foi goleado pelo Wanderers.
Curiosidade
Os confrontos desta edição serão o 9º e o 10º entre Inter e Nacional na história da Libertadores. Cruzaram-se em 1980, 2006 e 2007. Na primeira vez, em 1980, foi logo na decisão. As equipes empataram em 0 a 0, em Porto Alegre, e o Nacional venceu por 1 a 0, em Montevidéu, conquistando seu segundo título.
Em 2006, foram quatro encontros: na fase de grupos e nas oitavas de final, a mesma etapa desta edição. O Inter saiu invicto de todas, e caminhou rumo ao primeiro título da competição. Já em 2007, caíram novamente na mesma chave e terminaram empatados com 10 pontos. O saldo favorável ao Bolso classificou os uruguaios e derrubou o Internacional.
A verdadeira Nicolândia

Formado pelo clube, Nico López começou a trajetória profissional em 2011, saiu direto para a Roma, na Itália, em 2012, retornou em 2015 ao Nacional e foi vendido ao Inter no ano seguinte. A imprensa local, aliás, questiona por que o compatriota ainda não foi convocado para a Seleção Uruguaia por Óscar Tabárez, já que vive um dos melhores momentos na carreira.
Time base

Opinião de especialista
Javier da Cunha, repórter da Rádio Rivera"A primeira preocupação é não levar gol para depois pensar em atacar. Mistura experiência e juventude, e é comandado por um treinador que já conhece o clube. É um time perigoso como local ou visitante, como mostrou na vitória diante do Atlético-MG, em Belo Horizonte."
Fonte Globoesporte.com
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