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De algoz de Nilmar a pilar do Inter na final: como Moledo "surgiu" na Copa do Brasil há 10

  • Writer: entrelinhascolorad
    entrelinhascolorad
  • Sep 17, 2019
  • 3 min read

Que Rodrigo Moledo é um dos pilares do Inter de Odair Hellmann todos sabem. Desde que voltou do futebol grego, o zagueiro se tornou um dos líderes da defesa do time finalista da Copa do Brasil, ao lado de Víctor Cuesta.

O que talvez nem todos os colorados saibam é que ele já causou transtornos ao próprio Inter na competição. Há 10 anos, anulou Nilmar e quase proporcionou um vexame ao Colorado na primeira fase do torneio, pelo União Rondonópolis.

Em 2009, Moledo enfrentou o Inter na Copa do Brasil e chamou a atenção do então vice de futebol, o ex-presidente Fernando Carvalho. Ele chegaria ao Beira-Rio no ano seguinte como aposta para a primeira de suas três passagens pelo clube.

Naquele ano, o Colorado comemorava o seu centenário. A direção tinha montado um grupo badalado, após o título da Copa Sul-Americana do ano anterior. Tite, o então treinador, contava com peças como Bolívar, Índio, Kleber, Guiñazu, Magrão, D'Alessandro, Nilmar e Taison, entre outros.

Na estreia pela Copa do Brasil, a expectativa era eliminar o jogo de volta com uma vitória fora de casa diante do desconhecido time do Mato Grosso. Era. O Inter pouco produziu e perdeu por 1 a 0. Um vexame, a ponto do atual técnico da Seleção admitir o constrangimento com o desempenho, como estampou o jornal Zero Hora do dia seguinte.

Moledo teve parcela significativa de culpa pela fraca atuação colorada. Ou melhor, Rodrigão, como era conhecido à época. Com 21 anos, recebeu a missão de marcar Nilmar, já então um dos principais atacantes do país, e anulou as chances do rival. Mesmo quando este tentava aproveitar sua velocidade.

"Ele (Moledo) foi muito bem. Ganhava bola por cima, disputava bola com o Nilmar, que é muito rápido, e conseguia ganhar. O Moledo já mostrava condições" (Fernando Carvalho, ex-presidente do Inter)

No jogo de volta, aliás, Moledo voltou a mostrar virtudes, e não apenas as defensivas. Já no final da partida, quando o placar de 2 a 0 estava construído (com os gols de Índio e Alecsandro), Moledo aventurou-se como atacante e quase marcou o gol que daria a classificação aos visitantes.

As atuações chamaram atenção do então vice de futebol Fernando Carvalho, bem como Tite. A direção então o contratou para o Inter B. Em 2011, após a implosão do time de aspirantes, o zagueiro foi promovido ao grupo principal.

Com seu estilo discreto, mas eficiente, Moledo não demorou a virar titular, mesmo que disputasse posição com os históricos Índio e Bolívar. O bom desempenho, inclusive, rendeu a lembrança de Felipão e a convocação para a Seleção em abril de 2013. Dois meses depois, acabaria vendido ao Metalist, da Ucrânia.

Dois retornos

Moledo voltaria ao Beira-Rio dois anos depois. O zagueiro fez a recuperação de cirurgia no joelho esquerdo no CT do Parque Gigante após conseguir a liberação do clube do leste europeu. Trabalhou com os companheiros, concentrou e até ficou no banco de reservas, mas não atuou em uma partida pelo time principal (só pelo B). Sem espaço com Argel Fucks, acabou negociado com o Panathinaikos em 2016.

Na Grécia, seguiu com a ligação ao Inter. Além das amizades de Beira-Rio e o carinho pelo clube, gozava da admiração do departamento de futebol. Principalmente do vice Roberto Melo. No início de 2017, a direção começou as investidas. Elas também ocorreram em meados da temporada, ambas sem sucesso. A insistência surtiu efeito no começo de 2018.

De volta ao Inter, Moledo chegou sem a mesma pompa, até pelo ostracismo enfrentado na segunda vez. Só que correspondeu. Ajustou o sistema defensivo, que sofria oscilações, e formou a parceria afinada com Víctor Cuesta. Desde então, a defesa virou justamente uma das principais qualidades do time do time de Odair Hellmann.

O Cuesta é altamente técnico e o Moledo tem a força. No meu entendimento, para ter esta química, é preciso a junção. Hoje dá para fazer esta comparação – diz o ex-zagueiro Pinga, campeão da Copa do Brasil em 1992, ao lado de Célio Silva.

Fonte Globoesporte.com


 
 
 

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